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Espondilolistese

Por Prof. Doutor Ricardo Rodrigues Pinto, Médico Ortopedista e Especialista em Coluna Vertebral. Escolha o melhor para a sua coluna.

O que é a espondilolistese?

A espondilolistese é uma condição que envolve instabilidade da coluna vertebral, o que significa que as vértebras se movem mais do que deveriam. Uma vértebra desliza relativamente à vertebra inferior.

Esse deslizamento pode provocar uma estenose da coluna vertebral, levando à compressão de raizes nervosas e, consequentemente, causar dor lombar ou dores nas pernas.

A palavra espondilolistese vem das palavras gregas spondylos, que significa “espinha” ou “vértebra”, e listhesis, que significa “escorregar, deslizar ou mover-se”.

Quais os tipos de espondilolistese?

Alguns tipos de espondilolistese incluem:

  • A espondilolistese congénita ocorre quando a coluna vertebral de um bebé não se forma como deveria antes do nascimento. A espondilolistese ocorrer durante a vida da pessoa, e pode levar ao aparecimento dos sintomas típicos.
  • A espondilolistese ístmica acontece como resultado da espondilolise, ou fratura da pars interarticular. A fratura leva a uma perda da união entre a parte anterior e a parte posterior da vértebra, levando ao deslizamento da parte anterior, e consequentemente à espondilolistese.
  • A espondilolistese degenerativa, o tipo mais comum, acontece devido ao envelhecimento/ degeneração. Com o tempo, os discos que amortecem as vértebras ficam desidratados, perdem altura e tornam-se incompetentes. Esta incompetência estrutural dos discos permite que as vértebras se tornem instáveis, levando ao aparecimento da espondilolistese.

Os tipos menos comuns de espondilolistese incluem:

  • A espondilolistese traumática acontece quando uma lesão causa o deslizamento das vértebras.
  • A espondilolistese patológica ocorre quando uma doença – tal como a osteoporose – ou tumor causa a condição.
  • A espondilolistese pós-cirúrgica é um deslizamento como resultado de uma cirurgia à coluna vertebral, em que é removido osso em excesso, sem que a coluna seja devidamente estabilizada

Quão comum é a espondilolistese?

A espondilolistese e a espondilólise ocorrem em cerca de 4% a 6% da população adulta. É possível viver com espondilolistese durante anos e não o saber, uma vez que pode não provocar sintomas. A espondilolistese degenerativa (que ocorre devido ao envelhecimento e desgaste da coluna vertebral), é mais comum após os 50 anos de idade e mais comum nas mulheres do que nos homens. Quando ocorrem dores nas costas na adolescência, a espondilolistese ístmica (normalmente causada por espondilolise) é uma das causas mais comuns.

Quais os sintomas da espondilolistese?

A espondilolistese pode não provocar quaisquer sintomas, sobretudo nas suas fases mais precoces. Algumas pessoas têm a condição e nem sequer a conhecem. Se tiver sintomas, a dor lombar é tipicamente o principal sintoma. A dor pode estender-se até às nádegas e até às coxas. Outros sintomas que podem também ocorrer são:

  • Dor ao dobrar-se.
  • Rigidez nas costas.
  • Espasmos musculares músculos na parte de trás das coxas.
  • Dificuldade em andar ou em pé durante longos períodos.
  • Dormência, fraqueza ou formigueiro nas pernas ou pés.

Quais os fatores de risco para espondilolistese?

Os fatores de risco dependem do tipo de espondilolistese:

A espondilolistese ístmica, surge após espondilolólise e pode ser causada por fatores genéticos, mas também por desportos, como atletismo, ginástica, futebol, mergulho, etc, em que existem movimentos de extensão excessiva da coluna lombar. A espondilolistese ístmica é uma das causas mais comuns de dores nas costas na adolescência.

A espondilolistese degenerativa é frequentemente causada por fenómenos degenerativos da coluna vertebral, pelo que a sua incidência aumenta com a idade. Alguns estudos mostram tammbém o contributo da genética para o seu aparecimento.

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