Fraturas Osteoporoticas
Por Prof. Doutor Ricardo Rodrigues Pinto, Médico Ortopedista e Especialista em Coluna Vertebral. Escolha o melhor para a sua coluna.
O que são fraturas osteoporóticas da coluna?
As fraturas osteoporóticas da coluna são as fraturas osteoporóticas mais comuns e um importante problema de saúde pública, tendo uma incidência de 30% em pessoas acima dos 65 anos. A sua identificação e tratamento são fundamentais, uma vez que têm uma taxa de mortalidade de 15% no primeiro ano e de 20% no segundo ano, valores muito próximos daqueles que se observam para as fraturas proximais do fémur.
Os doentes com fraturas osteoporóticas apresentam-se com dor após um trauma mínimo, que pode ser tão pequeno como o esforço de pegar num objeto, ou mesmo tossir ou espirrar.
A dor é referida à região da fratura podendo também ter irradiação ao longo da região das costelas. Cada fratura implica 9% de redução do volume ventilatório o que provoca agravamento da função pulmonar.
Quais são os sintomas das fraturas osteoporóticas da coluna?
Os doentes queixam-se sobretudo de dor e apresentam uma deformidade em cifose (corcunda). Apesar da compressão da espinal medula nestas fraturas ser muito rara, algumas fraturas na região lombar podem provocar compressão foraminal de raízes nervosas e, consequentemente, dor irradiada para os membros inferiores.
Como é feito o diagnóstico das fraturas osteoporóticas da coluna?
O diagnóstico é feito por raio-X e confirmado por tumografia computorizada (TAC). A ressonância magnética (RMN9 é importante para determinar se a fratura é aguda ou antiga e no estudo da sua etiopatogenia. Nos diagnósticos diferenciais deverão ser consideradas patologias como tumor, infeção, mieloma múltiplo, entre outros, pelo que a identificação de uma fratura não elimina a necessidade de estudo da sua etiologia.
Qual é o tratamento das fraturas osteoporóticas da coluna?
Na maioria dos doentes o tratamento deve ser conservador com controlo dos sintomas e retorno gradual à atividade prévia. É importante reforçar a necessidade de os doentes se manterem ativos porque a perda da mobilidade, anorexia e sarcopenia que frequentemente ocorrem vão aumentar progressivamente o risco de outras fraturas de fragilidade.
No tratamento conservador destes doentes, sobretudo naqueles com fraturas torácicas é habitual utilizarem-se coletes. Os pressupostos para o seu uso são 2: analgesia e prevenção do colapso da vértebra fraturada. No entanto, existe muito pouca evidência atual de que os coletes impeçam o seu colapso e muitos doentes sentem mais desconforto com o colete do que sem ele, pelo que o seu uso não é obrigatório.
Nos casos de dor persistente ao fim de 4-6 semanas de tratamento conservador e quando a atividade esteja significativamente limitada pelas suas queixas os doentes podem ser propostos para cifoplastia ou vertebroplastia.
No seguimento de um doente recuperado de uma fratura osteoporótica é fundamental a prevenção de novas fraturas através do tratamento médico da osteoporose.
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